O samoieda é uma das raças mais antigas que existem. Estes cães, apelidados de “samy” por seus admiradores, eram criados pelas tribos nômades dos Samoyedos da Sibéria, na parte leste da Rússia há mais de 5000 anos, nestas tribos os cães desempenhavam diversas funções, eles eram desde pastores de renas, cães de trenó e cães de caça ao urso e à morsa. Muitas vezes os samoidedas dormiam junto de seus donos, aquecendo-os com seus corpos, motivo pelo qual diz-se que estes cães também desempenhavam a função de “aquecedor” junto a seus donos. Além disto seu pêlo também era tecido para a confecção de peças de vestuário. Esta raça, esteve isolada por tanto tempo que se manteve pura e sem modificações em sua forma original até ser “descoberta” por exploradores ocidentais no século XIX. Originalmente, nas tribos mais ao norte da Sibéria, todos os samoiedas eram de cor branca, nas tribos ao sul, existiam cães brancos, pretos, castanhos e manchados.



O “descobridor” da raça foi o norueguês Fridjof Nansen que em 1870 ficou impressionado com a força e versatilidade do samoieda e o utilizou como cão de tração em suas explorações. Muitos outros exploradores também utilizaram cães samoiedas em suas viagens aos pólos foram estes cães, trazidos da Sibéria, que tornaram possível a conquista dos Pólos por exploradores como o norueguês Roald Amundsen e o norte-americano Robert Peary. Os primeiros homens a pisar no Pólo Sul e no Pólo Norte respectivamente. Os primeiros exemplares que foram importados para a Europa em 1889, foram levados até a Grã-Bretanha pelo zoólogo britânico Ernest Kilburn Scott que, após viver entre a tribo dos Samoyedos por três meses voltou para casa levando consigo um filhote macho chamado “Sabarka”, posteriormente ele importou mais exemplares, uma fêmea chamada “Whitey Petchora” e mais um macho chamado “Musti”. Os cães de Ernest Kilburn Scott, juntamente com os cães dos exploradores formaram a base para a criação ocidental do samoieda.


O samoieda é um cão que precisa viver perto de seu dono, como herança de seus ancestrais é um cão que gosta de acompanhar as pessoas e de dormir junto com elas se for permitido. É uma raça carinhosa e sociável, alerta mas que não deve ser usado como cão de guarda. Brincalhão e alegre, é uma excelente companhia, que parece estar sempre sorrindo, os lábios de um samoieda devem ser sempre pretos, formando um desenho característo sobre seu pêlo branco que é chamado de “sorriso do samoieda” . Esta raça é ladradora e de temperamento independente e cheio de energia. Apesar de independente é muito inteligente e versátil (33ª colocação no ranking de inteligência canina de Stanley Coren). Deve ser desistmulada a latir desde cedo para que isto não se torne um problema posteriormente.


O Samoieda precisa de espaço e de exercício. Como muitos cães originários de regiões inóspitas,o samoieda consegue aproveitar muito bem os mutrientes da comida de maneira a sobreviver em períodos de escassez, por isso, se mantido inativo ele pode engordar e vir a ter problemas de obesidade, principalmente se sua alimentação for inadequanda. Seu pêlo exuberante deve ser escovado diariamente e um maior cuidado deve ser tomado durante a época da muda. Esta raça pode estar sujeita a incidência de problemas de displasia, catarata e epilépsia. Estes problemas têm origem genética e devem que podem ser evitados com a escolha consciente do filhote e dos pais da ninhada